o Contador de Histórias


Embrulhas o passado e o presente ao futuro
ficam atados numa âncora de rotalas que não cresce.
Mas vens floreando as tomas e inflamas o peito
e explodes nos contos que vestes a preceito

Nascem na alvorada da conquista
num ápice de encantamento
e na reconquista das velhas histórias de alquimista
numa felicidade mascarada de alento.

Triunfante,
queres impingi-las no meu corpo em alguma parte
Com se a verdade que inventas
nos transforma-se em arte...

No teu era uma vez esperas
que já o branco do horizonte comece por amar-te.
e que germine o azul da terra
em que mais uma vez te iludes.

Em mim
confias o astrolábio das rasuras em que te fundes,
e imprimes o acreditar na minha raiz,
Porque se a minha flor abrir no rasto de quem te vês
Restará uma ilha para o resto de quem és,

Mas se o meu caule na tua barquela perecer
Serás de novo marinheiro
em porto seco, aventureiro
contador de histórias ao raiar do ser.

2 comentários:

Anônimo disse...

És flor q já desabrochou e secou ao sol,
És maior que as palavras que escreves,
És a casca de um castanheiro que fervilha de verde dentro dele,
És o salto para um crescente luar encantado.

E fizeste-me escrever isto por causa do q tu escreveste...
Acho que isso quer dizer alguma cena. Gostei mt :O)

A Pris disse...

quem será o contador de história?

estava a ler-te... e a pensar: Talento e inspiração genuína é o que emana dos teus poemas.

É pena não ser mecânico...
Senão, encomendava-te uns

;)