Bomba-Relógio
Trouxe-mo na sua partida
por um oceano de distância medida.
Trouxe-me pra dentro do pano
toda a chama vertida.
Cozeu a linha fútil da inteligência estéril
que não sente e apertou.
Aos pontos me debruçou
sob a crença inútil na utilidade da razão
como atracção para sentir.
E fez-me querer fugir.
Trouxe-mo na ponta da agulha afiada
que nada no meu tronco aberto
em arame farpado de um sismo inepto.
Na bomba relógio
alojou-me o seu tempo derramado
e atrasou-lhe o compasso.
Tornou-o espesso e escasso
e acertou o ponteiro.
Desejei que no derradeiro
fosse o égide detonador,
mas chamar-se-ia simplicidade
nunca complexo do amor.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
1 comentários:
demasiado triste
sem dúvida uma boa construção
um bom poema
mas
demasiado triste
és talentosa já o sabes.
Artista guiada pela inspiraçao da sua vida.
E não... não é amor
Postar um comentário