Noctívagos


A escuridão nos meus saltos altos
quando ecoam nas pedras da calçada.
É branco. Será sempre o branco
beijado pelas luzes néon.
Desfila pelo asfalto negro
na brisa das horas sonolentas.
brilhos pregados ao céu.
De tons mágicos flutuantes
olham de cima o rio,
numa esguelha de sorriso maroto.
As ruas estão frescas e sozinhas
e numa canção muda as casas bailam.
Num embalo fervoso
cortejam a nossa presença.
É lisonjeia a admiração mútua.
Embriagados,
caímos na multidão frenética.
Fico imbuída de nós e tu Dela.
Dás-lhe texturas diferentes
mas sempre de ar
pequenino e descalço.
Exibes as plumas
e guardas-me nas asas.
Rodopiamos num silêncio eloquente.
É só no ávido crepúsculo
que nos encontramos a nu.
Arrumas os sapatos
no rasgar da aurora
quando desço da dormência
dos meus pés...
Aí te conheço quando te calas,
nas pausas entre ti e aquilo que dizes.
Levo comigo o genuíno
e deixo-te a confiança.
Vêmo-nos quando nos virmos.
Amanhã é outra Noite.

2 comentários:

A Pris disse...


é tão bom estares de volta!


O q eu vi nestas estrofes já te disse...
e os que veêm por fora veêm melhor

brosnea disse...

Um bocado confuso... perdi-me, fui ter à Buraca quando era da trafaria q andava à procura...
Depois de ler 3 vezes, lá encontrei a ponte e portanto o caminho certo...lol
Já agora, amanhã há outra noite e podemos continuar...
Be safe*